No fim tu hás de ver que as COISAS mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar: um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o folhear de um livro de poemas, o cheiro que tinha um dia o próprio vento... Mário Quintana
Benção Druida
"Que o caminho seja brando a teus pés,
Que o vento sopre leve em teus ombros.
Que o sol brilhe cálido sobre tua face,
Que as chuvas caiam serenas sobre teus campos.
E até que eu volte a te encontrar,
que os Senhores te guardem nas palmas de Suas mãos"
Lótus
Certo dia, à margem de um tranqüilo lago, encontraram-se quatro elementos irmãos: o fogo, o ar, a água e a terra.
Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles harmonicamente combinados, fosse também a expressão de suas diferenças e independência.
E se construíssemos uma planta cujas raízes estivessem no fundo do lago, a haste na água e as folhas e flores fora dela?
Eu porei as melhores forças de minhas entranhas, disse a terra, e alimentarei suas raízes.
Eu porei as melhores linfas de meus seios, disse a água, e farei crescer sua haste.
Eu porei minhas melhores brisas, disse o ar, e tonificarei a planta.
Eu porei todo o meu calor, disse o fogo, para dar às suas corolas as mais formosas cores.
Os quatro irmãos começaram a sua obra. O sol abençoou-a e a planta deu entrada na flora, saudada como rainha.
Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago em sua beleza imaculada e servia como símbolo da pureza e perfeição humana.