Benção Druida

"Que o caminho seja brando a teus pés,

Que o vento sopre leve em teus ombros.

Que o sol brilhe cálido sobre tua face,

Que as chuvas caiam serenas sobre teus campos.

E até que eu volte a te encontrar,

que os Senhores te guardem nas palmas de Suas mãos"

NORDESTE INDEPENDENTE



Já que existe no sul esse conceito
Que o nordeste é ruim, seco e ingrato
Já que existe a separação de fato
É preciso torná-la de direito















Quando um dia qualquer isso for feito
Todos dois vão lucrar imensamente
Começando uma vida diferente
Da que a gente até hoje tem vivido

Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Dividindo a partir de Salvador
O nordeste seria outro país
Vigoroso, leal, rico e feliz
Sem dever a ninguém no exterior
Jangadeiro seria o senador
O cassaco de roça era o suplente
Cantador de viola o presidente
O vaqueiro era o líder do partido

Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Em Recife o distrito industrial
O idioma ia ser nordestinense
A bandeira de renda cearense
“Asa Branca” era o hino nacional
O folheto era o símbolo oficial
A moeda, o tostão de antigamente
Conselheiro seria o inconfidente
Lampião, o herói inesquecido

Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

O Brasil ia ter de importar
Do nordeste algodão, cana, caju
Carnaúba, laranja, babaçu
Abacaxi e o sal de cozinhar
O arroz, o agave do lugar
O petróleo, a cebola, o aguardente
O nordeste é auto-suficiente
O seu lucro seria garantido

Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Se isso aí se tornar realidade
E alguém do Brasil nos visitar
Nesse nosso país vai encontrar
Confiança, respeito e amizade
Tem o pão repartido na metade,
Temo prato na mesa, a cama quente
Brasileiro será irmão da gente
Vai pra lá que será bem recebido

Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Eu não quero, com isso, que vocês
Imaginem que eu tento ser grosseiro
Pois se lembrem que o povo brasileiro
É amigo do povo português
Se um dia a separação se fez
Todos os dois se respeitam no presente
Se isso aí já deu certo antigamente
Nesse exemplo concreto e conhecido

Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Povo do meu Brasil
Políticos brasileiros
Não pensem que vocês nos enganam
Porque nosso povo não é besta!

Composição: Bráulio Tavares / Ivanildo Vilanova

Para os filhos de Capricórnio nascidos de 22 de dezembro a 19 de janeiro

 
Orixá protetor: Oxalá (Nosso Senhor Jesus Cristo)
Número de sorte: 8
Elemento: Terra
Planeta: Saturno
Metal: chumbo e enxofre
Pedra: ônix e pedras escuras
Cor: preto cinza e matizes escuros
Colar de proteção: branco
Vela: branca. 
Nas relações humanas são mais compatíveis com as pessoas dos signos: Touro, Virgem, Escorpião e Peixes
Ritual: Xangô, Iansã, Exu, Iemanjá
Santo: São Jerônimo, Santa Bárbara, N. S. Conceição, N. S. dos Navegantes

Os filhos de Oxalá são conselheiros natos e estão sujeitos a receber ingratidões no decorrer da existência. Persistentes em seus objetivos, principalmente no comércio e finanças. De temperamento retraído; desconfiado; jamais se abrem plenamente com alguém. São ambiciosos; devido a seu caráter poderão ter muitos inimigos.
Seu maior desejo: serem reconhecidos; tanto que fazem questão de mostrar suas habilidades para receber elogios. Via de regra recuperam as forças quando adultos. Sua natureza é de batalhador. São ativos em decisões e geralmente conseguem seus objetivos.


Iansã Orixá de Umbanda


 
Iansã... orixá de Umbanda

Rainha do nosso Congá


Saravá Iansâ lá na Aruanda,

Eparrei, Eparrei, Iansã

Venceu demanda


Iansã, saravá Pai Xangô

No céu o trovão roncou

E lá na mata o leão bradou

Saravá Iansã

Saravá Xangô

E lá na mata o leão bradou

Saravá Iansã

Saravá Xangô

Abrindo os olhos



Quando não há nada mais a ser dito, silencia. 
Quando não há mais nada a ser feito, permite apenas ser, apenas estar,
e fica na companhia do teu coração e este indicará o momento apropriado para agires.
Quando a lentidão dos dias acomodar tua vontade, enlaçando-te com os nós da intranqüilidade, descansa e refaz tua energia.
Não há pressa, a prioridade é que encontres novamente a tua essência para que tenhas presente em ti a alegria de ser e estar.
Quando o vazio instalar-se em teu peito, dando-te a sensação de angústia e esgotamento, repara tua atenção e encontra em ti mesmo a compreensão para este estado.
É necessário descobrirmo-nos em tais estados, para que estes não se transformem no desconhecido, no incontrolável. 
Tudo pode ser mudado, existe sempre uma nova escolha para qualquer opção errada que tenhas feito.
Quando ouvires do teu coração que não há nenhuma necessidade em te preocupares com a vida, saibas que ele apenas quer que compreendas que nada é tão sério a ponto de te perderes para sempre da tua divindade, ficando condenado a não ver mais a luz que é tua por natureza.
Não te preocupes; se estiveres atento a ti mesmo verás que a sabedoria milenar está contigo, conduzindo-te momento a momento àquilo que realmente necessitas viver.
Confia e vai em teu caminho de paz.
Nada é mais gratificante que ver alguém emergir da escuridão apenas por haver acreditado na existência da luz.
Ela sempre esteve presente...
Era só abrir os olhos.

O Laço e o Abraço



Meu Deus!!! Como é engraçado!...
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço...
Uma fita dando voltas? Se enrosca...
Mas não se embola , vira, revira, circula e pronto: está dado o abraço.
É assim que é o abraço: 

coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: 

um abraço no presente, no cabelo, no vestido, 
em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? 

Vai escorregando devagarinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E na fita que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então é assim o amor, a amizade. 

Tudo que é sentimento? Como um pedaço de fita?
Enrosca, segura um pouquinho, 

mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz - romperam-se os laços -
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, 

sem perder nenhum pedaço.
Então o amor é isso...
Não prende, não escraviza, não aperta, não sufoca.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.

Autor (?)


IANSÃ

Dia: Quarta-feira
Cores: Marrom, Vermelho e Rosa
Símbolos: Espada e Eruesin
Elementos: Ar em movimento, Fogo
Domínios: Tempestades, Ventanias, Raios, Morte
Saudação: Epahei!

O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Odò Oya, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar. Esse rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn, Iansã (Yánsàn).
Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, está relacionada com o elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do fogo-Omo Iná.
A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que se fecha sem chover.
Iansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza a sua raiva, o seu ódio. Dessa forma, passou a identificar-se muito mais com todas as actividades relacionadas com o homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Iansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento.
O facto de estar relacionada com funções tipicamente masculinas não afasta Iansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa, ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atracção que sente pelo sexo oposto. Iansã (Oyá) teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se orixá.
Assim, Iansã tornou-se mulher de quase todos os orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva. Todavia, a fidelidade de Iansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos.
Algumas passagens da história de Iansã relacionam-na com antigos cultos agrários africanos ligados à fecundidade, e é por isso que a menção aos chifres de novilho ou búfalo, símbolos de virilidade, surgem sempre nas suas histórias. Iansã é a única que pode segurar os chifres de um búfalo, pois essa mulher cheia de encantos foi capaz de transforma-se em búfalo e tornar-se mulher da guerra e da caça.
Oyá é a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para a sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence.
Características dos filhos de Iansã / Oyá
Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem os seus caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão à luta e conquistam o que desejam.
São pessoas atiradas, extrovertidas e directas, que jamais escondem os seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza. Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam.
Estas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; o seu génio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam os seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se tornem os senhores da situação.
Os filhos de Oyá, na condição de amigos, revelam-se pessoas confiáveis, mas cuidado, os mais prudentes, no entanto, não ousariam confiar-lhe um segredo, pois, se mais tarde acontecer uma desavença, um filho de Oyá não pensará antes de usar tudo que lhe foi contado como arma.
O seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde. Só uma coisa o tira do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer um, crescem no corpo e na raiva, matam se for preciso.
FONTE:
http://ocandomble.wordpress.com/os-orixas/ogum/


Senhora da Tarde, Dona dos Espíritos. Senhora dos Raios e das Tempestades. Oyá, mais conhecida no Brasil como Yansã, foi uma princesa real na cidade de Irá, na Nigéria em 1450a.C.. Sobrinha-neta do rei Elempe e neta de Torossi(mãe de Xangô), conquistou com valentia, coragem e dedicação seu caminho para o trono de Oyó. Conhecedora de todos os meandros da magia encantada, nunca se deixou abater por guerras, problemas e disputas.
Foi mulher de seu primo Xangô e ajudou-o a conquistar vários reinos anexados ao Império Yorubano. Porém, abandonou-o em defesa de sua cidade natal, disposta a enfrentá-lo.
Oyá é a menina dos olhos de Oxalá, seu protetor, e a única divindade que entra no Ibalé dos Eguns(mortos). Na Bahia é sincretizada com Santa Bárbara.
Divindade ctoniana, Iansã tem ligações com o mundo subterrâneo, onde habitam os mortos, sendo o único orixá capaz de enfrentar os eguns. Entre as dezessete individuações da multifária Iansã, uma delas é como Deusa dos Cemitérios.
Além do contato com os mortos, Iansã também favorece a fecundidade, atributo inerente aos deuses ctonianos. Deusa das tempestades, contribui para a fertilidade do solo. Divindade eólica, sopram os ventos que afastam as nuvens, para a passagem dos raios desferidos por Xangô. E é o raio que abre os reservatórios do céu, para fazer cair a chuva, relação comum em todas as mitologias.

Nossa amada mãe Iansã possui vinte e uma Iansãs intermediárias, que são assim distribuídas:

Sete atuam junto aos pólos magnéticos irradiantes e auxiliam os orixás regentes dos pólos positivos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo os princípios da Justiça Divina, recorrendo aos aspectos positivos da Orixá planetária Iansã.

Sete atuam junto aos pólos magnéticos absorventes e auxiliam os orixás regentes dos pólos negativos, onde entram como aplicadoras da Lei segundo seus princípios, recorrendo aos aspectos negativos da orixá planetária Iansã.

Sete atuam nas faixas neutras das dimensões planetárias, onde, regidas pelos princípios da Lei, ou direcionam os seres para as faixas vibratórias positivas ou os direcionam para as faixas negativas.

Enfim, são vinte e uma orixás lansãs intermediárias aplicadoras da Lei nas Sete Linhas de Umbanda.

Como seus campos preferenciais de atuação são os religiosos, não é de se estranhar que nossa amada mãe Iansã intermediária para a linha da Fé nos campos do Tempo seja confundida com a própria OYá, já que é ela quem envia ao tempo os eguns fora-da-Lei no campo da religiosidade.
Iansã do Tempo, não tenham dúvidas, tem um vasto campo de ação e colhe os espíritos desvirtuados nas coisas da Fé, enviando-os ao Tempo onde serão esgotados. Mas, não tenham dúvidas, antes ela tenta reequilibrá-los e redirecioná-los, só optando por enviá-los a um campo onde o magnetismo os esvazia quando vê que um esgotamento total em todos os sete sentidos é necessário. E isto o Tempo faz muito bem!

Já Iansã Bale, do Bale, ou das Almas, é outra intermediária de nossa mãe maior lansã que é muito solicitada e muito conhecida, porque atua preferencialmente sobre os espíritos que desvirtuam os princípios da Lei que dão sustentação à vida e, como vida é geração e Omulu atua no pólo negativo da linha da Geração, então ela envia aos domínios de Tatá Omulu todos os espíritos que atentaram contra a vida de seus semelhantes ao desvirtuarem os princípios da Lei e da Justiça Divina.

Logo, seu campo escuro localiza-se nos domínios do orixá Omulu, que rege sobre o lado de "baixo" do campo santo.

FONTE: http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusaiansa.htm
 

Morte e Vida Severina - João Cabral de Melo Neto


O meu nome é Severino, 
não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria, 
deram então de me chamar
Severino de Maria
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias. 
  

Mais isso ainda diz pouco: 
há muitos na freguesia, 
por causa de um coronel 
que se chamou Zacarias 
e que foi o mais antigo 
senhor desta sesmaria.   

Como então dizer quem falo 
ora a Vossas Senhorias? 
Vejamos: é o Severino 
da Maria do Zacarias, 
lá da serra da Costela, 
limites da Paraíba.   

Mas isso ainda diz pouco: 
se ao menos mais cinco havia 
com nome de Severino 
filhos de tantas Marias 
mulheres de outros tantos, 
já finados, Zacarias, 
vivendo na mesma serra 
magra e ossuda em que eu vivia.   

Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida: 
na mesma cabeça grande 
que a custo é que se equilibra, 
no mesmo ventre crescido 
sobre as mesmas pernas finas 
e iguais também porque o sangue, 
que usamos tem pouca tinta.   

E se somos Severinos 
iguais em tudo na vida, 
morremos de morte igual, 
mesma morte severina: 
que é a morte de que se morre 
de velhice antes dos trinta, 
de emboscada antes dos vinte 
de fome um pouco por dia 
(de fraqueza e de doença 
é que a morte severina 
ataca em qualquer idade, 
e até gente não nascida).   

Somos muitos Severinos 
iguais em tudo e na sina: 
a de abrandar estas pedras 
suando-se muito em cima, 
a de tentar despertar 
terra sempre mais extinta,   

a de querer arrancar   
alguns roçado da cinza.   
Mas, para que me conheçam   
melhor Vossas Senhorias   
e melhor possam seguir   
a história de minha vida,   
passo a ser o Severino   
que em vossa presença emigra.  

Não Enche


Me larga, não enche
Você não entende nada
E eu não vou te fazer entender...
Me encara, de frente
É que você nunca quis ver
Não vai querer, nem vai ver
Meu lado, meu jeito
O que eu herdei de minha gente
Eu nunca posso perder
Me larga, não enche
Me deixa viver, me deixa viver
Me deixa viver, me deixa viver...
Cuidado, oxente!
Está no meu querer
Poder fazer você desabar
Do salto, nem tente
Manter as coisas como estão
Porque não dá, não vai dá...
Quadrada! Demente!
A melodia do meu samba
Põe você no lugar
Me larga, não enche
Me deixa cantar, me deixa cantar
Me deixa cantar, me deixa cantar...
Eu vou
Clarificar
A minha voz
Gritando
Nada, mais de nós!
Mando meu bando anunciar
Vou me livrar de você...
Harpia! Aranha!
Sabedoria de rapina
E de enredar, de enredar
Perua! Piranha!
Minha energia é que
Mantém você suspensa no ar
Prá rua! se manda!
Sai do meu sangue
Sanguessuga
Que só sabe sugar
Pirata! Malandra!
Me deixa gozar, me deixa gozar
Me deixa gozar, me deixa gozar...
Vagaba! Vampira!
O velho esquema desmorona
Desta vez prá valer
Tarada! Mesquinha!
Pensa que é a dona
E eu lhe pergunto
Quem lhe deu tanto axé?
À-toa! Vadia!
Começa uma outra história
Aqui na luz deste dia "D"
Na boa, na minha
Eu vou viver dez
Eu vou viver cem
Eu vou vou viver mil
Eu vou viver sem você...
Eu vou viver sem você
Na luz desse dia "D"
Eu vou viver sem você...

Composição: Caetano Veloso

SENHORA DA CONCEIÇÃO

Senhora da Conceição
Minha Mãe
Minha Rainha
Dai-me a vossa proteção
Minha querida madrinha
Vela acesa, subo o morro
Pra pagar minha promessa
Vou vestir azul e branco
Pra pagar eu tenho pressa
Hoje minha mãe querida
Faço essa louvação
Com o povo rendo graças
À Virgem da Conceição

(adaptado do comercial das Casas José Araújo!)

PADRE CÍCERO

Minha santa beata mocinha
Eu vim aqui, vim vê meu padrim
Meu padrim fez uma viagem
Deixou Juazeiro sozím
Meu Padrim Padre Ciço
Foi pro céu vendo o povo sem sorte
Pro Senhor foi pedir
Proteção pros romeiro do Norte

SATURNO


É visivelmente achatado nos pólos, como resultado da rotação muito rápida do planeta no seu eixo. O seu dia dura 10 horas e 39 minutos, e demora cerca de 29.5 dias terrestres para dar a volta ao Sol.
A atmosfera é principalmente composta por hidrogénio com pequenas quantidades de hélio e metano. Saturno é o único planeta menos denso do que a água (cerca de 30 % menos).
O vento sopra em altas velocidades, em Saturno. Perto do equador, atinge uma velocidade de 500 metros por segundo (1,100 milhas por hora). O vento sopra principalmente na direcção leste. Encontram-se os ventos mais fortes perto do equador e a velocidade decresce uniformemente a maiores latitudes. A latitudes superiores a 35 graus, os ventos alternam entre leste e oeste conforme a latitude aumenta.

O sistema de anéis de Saturno faz do planeta um dos mais belos do sistema solar. Os anéis estão divididos em diferentes partes, que incluem os anéis brilhantes A e B e um anel C mais fraco. O sistema de anéis tem diversos espaçamentos. O espaçamento mais notável é a Divisão Cassini, que separa os anéis A e B.
Giovanni Cassini descobriu esta divisão em 1675. A Divisão Encke, que divide o anel A, teve o seu nome baseado em Johann Encke, que a descobriu em 1837.
A origem dos anéis é obscura. Pensa-se que os anéis podem ter sido formados a partir das grandes luas que foram desfeitas pelo impacto de cometas e meteoróides. A composição exacta dos anéis não é conhecida, mas mostram que contêm uma grande quantidade de água. Podem ser compostos por icebergs e/ou bolas de gelo desde poucos centímetros até alguns metros de diâmetro.
Saturno tem 18 luas confirmadas, o maior número de satélites de qualquer planeta do sistema solar:
 Pan

CAPRICÓRNIO


Décimo signo do Zodíaco. De 22 de Dezembro a 20 de Janeiro.
São pessoas aparentemente calmas e controladas. Determinadas e ambiciosas. Ás vezes aparentam ser frias e reservadas.
Dentre suas qualidades estão seriedade, confiabilidade e sobriedade. São ótimos amigos e bons organizadores.
Os lugares elevados e isolados são seus prediletos. Podem se tornar egoístas e pessimistas.
Deseja ardentemente se apaixonar. Mas isto não está em seus planos mais íntimos e nem em sua natureza, mais fria e calculadora.
Seu olhar atento demonstra interesse com o mundo ao seu redor. Procurando sempre pelo que é mais vazio e abstrato. Pronto a assimilar novas experiências para ampliar seu conhecimento.
É dominador e corajoso. Bastante temperamental.
Sai em busca do que deseja com tenacidade e persistência. Não se deixa intimidar com nada. Tem capacidade para enfrentar situações difíceis e perigosas com coragem, energia e engenhosidade. Possui capacidade de liderança.

Tem atração pelo oculto, pelo paranormal e pelo metafísico.
Mitologicamente, o signo é representado por uma cabra com cauda de peixe. 
A cabra é o animal que sobe a montanha até o cume, ainda que precise desferir algumas cabeçadas no que estiver bloqueando o seu caminho. A cauda indica a origem marinha.  
O capricorniano sobe, pois, do nível do mar até o topo do mundo, pelos próprios esforços.

 



LUA ADVERSA



Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.


Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.


E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Cecília Meireles

RODA DO ANO



Em Samhain, o Festival do retorno da Morte, os portões dos mundos se abrem e a Deusa transforma-se na Velha Sábia, a Senhora do Caldeirão, e o Deus é o Rei da Morte que guia as almas perdidas através dos dias escuros de Inverno.

Em Yule, a escuridão reina como se estivéssemos no caldeirão da Deusa. Assim, o Rei das sombras transforma-se na Criança da Promessa, o Filho do sol, que deverá nascer para restaurar a Natureza.

Em Candlemas, a luz cresce, o Deus nascido em Yule se manifesta com todo seu vigor, e a Criança da Promessa cresce com a vitalidade e é festejada, pois os dias tornam-se visivelmente mais longos e renova-se a esperança.

Em Ostara, luz e sombras são equilibradas. A luz da vida se eleva e o Deus quebra as correntes do inverno. A Deusa é a Virgem e o Deus renascido é jovem e vigoroso. O amor sagrado da Deusa e do Deus é a promessa do crescimento e da fertilidade.

Em Beltane, a Deusa se transforma em um lindo Cervo Branco e o jovem Deus é o Caçador alado. Ao ser perseguida pela floresta, o Cervo Branco se transforma em uma linda mulher, e assim Eles se unem e a sua paixão sustenta o mundo.

Chega então Litha, a Deusa é a Rainha do Verão e o Deus, um homem de extrema força e virilidade. O Sol começa a minguar e o Deus começa a seguir rumo ao País de Verão. A Deusa é pura satisfação e demonstra isso através das folhas verdes e das lindas flores do verão.

Em Lammas, a Deusa dá a luz e o Deus novamente morre pela Deusa. A Deusa precisa de sua energia de vida para que a vida possa crescer e prosseguir. O Deus se sacrifica para que a humanidade seja nutrida, mas através do grão Ele renasce. No ápice de sua abundância, ele retira através Dela.

Em Mabon, as luzes e as trevas se equilibram novamente; porém o Sol começa a minguar mais rapidamente. O Deus torna-se então o Ancião, o Senhor das Sombras.

Chega novamente Samhain e então o ciclo recomeça, e assim tudo retorna à Deusa. Assim sempre foi e será!

Fonte: Green Wicca

CANDLEMAS



Hemisfério Norte: 2 de Fevereiro
Hemisfério Sul: 1º de Agosto

Também conhecido como Imbolc, Oimelc e Dia da Senhora, Candlemas é o Festival do Fogo que celebra a chegada da Primavera. O aspecto invocado da Deusa nesse Sabbat é o de Brígida, a deusa celta do fogo, da sabedoria, da poesia e das fontes sagradas. Ela também é deidade associada à profecia, à divinação e à cura.

Esse Sabbat representa também os novos começos e o crescimento individual, sendo o "afastamento do antigo" simbolizado pela varredura do círculo com uma vassoura, ou vassoura da bruxa, tradicionalmente realizado pela Alta Sacerdotiza do Coven, que usa uma brilhante coroa de 13 velas no topo de sua cabeça.

Na Europa, o Sabbat Candlemas era celebrado nos tempos antigos com uma procissão à luz de archotes para purificar e fertilizar os campos antes da estação do plantio das sementes e para glorificar as várias deidades e os espíritos associados a esse aspecto, agradecendo-lhes.

A versão cristianizada da procissão de Candlemas honra a Virgem Maria e, no México, ela corresponde ao Ano Novo Asteca.
Incensos: manjericão, mirra e glicínia.
Cores das velas: marrom, rosa, vermelha.
Pedras preciosas sagradas: ametista, granada, ônix, turquesa.
Ervas ritualísticas tradicionais: angélica, manjericão, louro, benjoim, quelidônia, urze, mirra e todas as flores amarelas.
Ritual do Sabbat Candlemas

Comece erigindo o altar voltado para o norte. Diante dele coloque uma vassoura de palha. Prepare uma coroa com 13 velas vermelhas e coloque-a no centro do altar. Em cada lado da coluna, coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat. à esquerda, um incensório com incenso apropriado e um ramo de sempre-viva. Pode também ser usado um galho da árvore ou da guirlanda do Natal anterior como decoração do altar. à direita coloque um cálice com água (água fresca de chuva ou neve derretida, se possível), um pequeno prato com pó ou areia e um punhal consagrado.

Marque um círculo com cerca de 3m de diâmetro em torno do altar, usando giz ou tinta branca. Salpique um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace o círculo na direção destrógira com a espada cerimonial sagrada ou com uma vara de salgueiro dizendo: COM O SAL E A ESPADA SAGRADA EU TE CONSAGRO E TE INVOCO, OH CíRCULO DE SABBAT DE MAGIA E LUZ. NO NOME SAGRADO DE BRíGIDA E SOB A SUA PROTEçãO ESTE RITUAL DE SABBAT AGORA SE INICIA.

Coloque a espada cerimonial no altar diante da coroa de velas. Acenda as duas velas do altar e diga: OH, DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA, A TI OFEREçO ESTE SíMBOLO DO FOGO. ASSIM SEJA.
Acenda o incenso e diga: OH, DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA, A TI OFEREçO ESTE SíMBOLO DO AR. ASSIM SEJA.
Peque o punhal com a mão direita e, com a ponta da lâmina, trace um pentáculo (estrela de cinco pontas) no pó ou areia e diga: OH, DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA, A TI OFEREçO ESTE SíMBOLO DA TERRA. ASSIM SEJA.
Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e diga: OH, DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA, A TI OFEREçO ESTE SíMBOLO DA áGUA. ASSIM SEJA.

Coloque o punhal de volta no altar. Acenda o ramo de sempre-viva e visualize na sua mente a escuridão do Inverno se desfazendo, sendo substituída pela luz agradável da nova Primavera. Coloque o ramo ardente no incensório e diga: ASSIM COMO ESTE SíMBOLO DO INVERNO é CONSUMIDO PELO FOGO, DA MESMA FORMA A ESCURIDãO é CONSUMIDA PELA LUZ. ASSIM SEJA.

Acenda a coroa de velas e coloque-a cuidadosamente no topo de sua cabeça. Quando este ritual de Sabbat é realizado por um Coven, é costume o Alto Sacerdote acender as velas e colocar a coroa sobre a cabeça da Alta Sacerdotiza. Pegue o punhal com a mão direita e segure-o sobre seu coração, enquanto diz: COMO A DOCE CIBELE, EU USO UMA COROA DE FOGO EM TORNO DA MINHA CABEçA. COMO DIANA, ABENçOADA DEUSA DA SABEDORIA, EU ACENDO AS VELAS VERMELHAS PARA FAZER BRILHAR UMA LUZ SOBRE A MINHA PRECE DE PAZ E AMOR SOBRE A TERRA. OUçAM-ME, OH, ESPíRITOS DO AR, OS ESPíRITOS ABAIXO E OS ESPíRITOS ACIMA. ASSIM SEJA.

Coloque o punhal de volta no altar e termine o rito varrendo o círculo em direção levógira com uma vassoura para desfazê-lo e simbolizar a "destruição" das coisas velhas. Apague as velas e devolva a coroa ao altar.

Fonte: 'Wicca - A Feitiçaria Moderna', de Gerina Dunwich

OSTARA



Primeiro dia da primavera (Equinócio da Primavera)
Hemisfério Sul: 20 de Setembro (aprox.)
Hemisfério Norte: 20 de Março (aprox.)
O Sabbat do Equinócio da Primavera, também conhecido como Sabbat do Equinócio Vernal, Festival das árvores, Alban Eilir, Ostara e Rito de Eostre, é o rito de fertilidade que celebra o nascimento da Primavera e o redespertar da vida na Terra. Nesse dia sagrado, os Bruxos acendem fogueiras novas ao nascer do sol, se rejubilam, tocam sinos e decoram ovos cozidos - um antigo costume pagão associado à Deusa da Fertilidade.
Os ovos, que obviamente são símbolos da fertilidade e da reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertilidade. Pintados com vários símbolos mágicos, eram lançados ao fogo ou enterrados como oferendas à Deusa. Em certas partes do mundo pintavam-se os ovos do Equinócio da Primavera de amarelo ou dourado (cores solares sagradas), utilizando-os em rituais para honrar o Deus Sol.
Os aspectos da Deusa invocados nesse Sabbat são Eostre (a deusa saxônica da fertilidade) e Ostara (a deusa alemã da fertilidade). Em algumas tradições wiccanas, as deidades da fertilidade adoradas nesse dia são a Deusa das Plantas e o Senhor das Matas.
Como a maioria dos antigos festivais pagãos, o Equinócio da Primavera foi cristianizado pela Igreja na Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa (em inglês "Easter", nome derivado da deidade saxônica da fertilidade, Eostre) só recebeu oficialmente esse nome da Deusa após o fim da Idade Média.
Até hoje, o Domingo de Páscoa é determinado pelo antigo sistema do calendário lunar, que estabelece o dia santo no primeiro domingo após a primeira lua cheia, no ou após o Equinócio da Primavera. Formalmente isso marca a fase da "gravidez" da Deusa Tríplice, atravessando a estação fértil.
A Páscoa, como quase todas as festividades religiosas cristãs, é enriquecida com inúmeras características, costumes e tradições pagãos, como os ovos de Páscoa e o coelho. Os ovos, como mencionado, eram símbolos antigos de fertilidade oferecidos à deusa dos Pagãos. A lebre era um símbolo de renascimento e ressurreição, sendo animal sagrado para várias deusas lunares, tanto na cultura oriental como na ocidental, incluindo a deusa Ostara, cujo animal era o coelho.
Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Equinócio da Primavera são os ovos cozidos, os bolos de mel, as primeiras frutas da estação em ponche de leite. Na Suécia, os "waffles" eram o prato tradicional da época.
Incensos: violeta africana, jasmim, rosa sálvia e morango.
Cores das velas: dourada, verde, amarela.
Pedras preciosas sagradas: ametista, água-marinha, hematita, jaspe vermelho.
Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, quelidônia, cinco-folhas, crocus, narciso, corniso, lírio-da-páscoa, madressilva, íris, jasmim, rosa, morango, atanásia e violetas.
Ritual do Sabbat Ostara
Comece marcando um círculo de 3m de diâmetro, usando giz ou tinta branca.
Monte um altar no centro do círculo, voltado para o norte. Coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat no centro do altar.
À direita (leste), coloque um incensório com o incenso apropriado do Sabbat ou um turíbulo contendo pedaços de carvão aquecidos, sobre o qual a sálvia será queimada.
À esquerda (oeste) da vela, coloque uma tigela com ovos cozidos decorados com runas, desenhos de fertilidade e outros símbolos mágicos.
Diante da vela (sul), coloque um punhal e uma espada cerimonial consagrados.
Após salpicar um pouco de sal sobre o círculo para purificá-lo, pegue a espada cerimonial e trace o círculo em movimento destrógiro, começando no leste. Enquanto traça, diga: ABENçOADO SEJA ESTE CíRCULO DO SABBAT SOB O NOME DIVINO DE OSTARA, ANTIGA DEUSA DA FERTILIDADE E DA PRIMAVERA. SOB SEU SAGRADO NOME E SOB A SUA PROTEçãO ESTE RITUAL DE SABBAT AGORA SE INICIA.
Coloque a espada de volta no altar e, então, acenda a vela e o incenso. Pegue o punhal com a mão direita e ajoelhe-se diante do altar com a lâmina sobre o coração, dizendo: ABENçOADA SEJA A DEUSA DA FERTILIDADE, ABENçOADO SEJA O SEU RITUAL DA éPOCA DA PRIMAVERA. ABENçOADO SEJA O REI-DEUS SOL, ABENçOADA SEJA A SUA LUZ SAGRADA.

Coloque a lâmina da espada sobre a região do Terceiro Olho em sua testa e diga: O SOL CRUZOU O EQUADOR CELESTE, TRAZENDO O SOL E A LUA COM A MESMA DURAçãO DE HORAS. FINALMENTE A DEUSA DA PRIMAVERA RENASCEU, A SUA BELEZA Dá VIDA àS áRVORES E àS FLORES. ABENçOADA SEJA A DIVINA DEUSA DAS MATAS. ELA é A CRIADORA DE TODAS AS COISAS VIVAS. ABENçOADO SEJA O SENHOR DAS MATAS. EU CANTO ESTA CANçãO PARA A DEUSA E PARA O DEUS. DESPERTEM, DESPERTEM TODOS E OUçAM A VOZ DO CHAMADO DA DEUSA. ABENçOADA SEJA A NOSSA MãE TERRA, QUE ELA SEJA PREENCHIDA COM PAZ, MAGIA E AMOR. A DEUSA RESPIRA A VIDA. A DEUSA Dá A VIDA. A DEUSA é A VIDA. ELA REINA SUPREMA. ASSIM SEJA!

Encerre o ritual apagando a vela e desfazendo o círculo com a espada cerimonial em movimento levógiro. Os ovos podem ser comidos como parte do banquete do Sabbat do Equinócio da Primavera, e jogam-se conchas numa fogueira ao ar livre ou enterram-nas no chão como oferenda à Mãe Terra.

Fonte: 'Wicca - A Feitiçaria Moderna', de Gerina Dunwich

BELTANE


Hemisfério Norte: 1º de Maio
Hemisfério Sul: 31 de Outubro

Também conhecido como Dia da Cruz, Rudemas e Walpurgisnacht, o Sabbat Beltane é derivado do antigo Festival Druida do Fogo, que celebrava a união da Deusa ao seu consorte, o Deus, sendo também um festival de fertilidade. Na Religião Antiga, a palavra "fertilidade" significa o desejo de produzir mais nas fazendas e nos campos e não a atividade erótica por si só.

Beltane celebra também o retorno do sol (ou Deus Sol), e é um dos poucos festivais pagãos que sobreviveu da época pré-cristã até hoje e, em sua maior parte, na forma original. é baseado na Floralia, um antigo festival romano dedicado a Flora, a deusa sagrada das flores. Em tempos mais antigos, esse festival era dedicado a Plutão, o senhor romano do Submundo, correspondente do deus Hades da mitologia grega. O primeiro dia de maio era também aquele em que os antigos romanos queimavam olíbano e selo-de-salomão e penduravam guirlandas de flores diante de seus altares em honra aos espíritos guardiães que olhavam e protegiam suas famílias e suas casas.

No dia de Beltane o sol está astrologicamente no signo de Tauros, o Touro, que marca a "morte" do Inverno, o "nascimento" da Primavera e o começo da estação do plantio. Beltane inicia-se, acendendo-se, segundo a tradição, as fogueiras de Beltane ao nascer da lua na véspera de 1º de Maio para iluminar o caminho para o Verão.
Realiza-se o ritual do Sabbat em honra à Deusa e ao Deus, seguido da celebração da Natureza, que consiste de banquetes, antigos jogos pagãos, leitura de poesias e canto de canções sagradas. São realizadas várias oferendas aos espíritos elementais, e os membros do Coven dançam de maneira muito alegre, no sentido destrógiro, em torno do Mastro (símbolo fálico da fertilidade).
Eles também entrelaçam várias fitas coloridas e brilhantes para simbolizar a união do masculino com o feminino e para celebrar o grande poder fertilizador do Deus. A alegria e o divertimento costumam estender-se até as primeiras horas da manhã, e, ao amanhecer do dia 1º, o orvalho da manhã é coletado das flores e da grama para ser usado em poções místicas de boa sorte.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Beltane são frutas vermelhas (como cerejas e morangos), saladas de ervas, ponche de vinho rosado ou tinto e bolos redondos de aveia ou cevada, conhecidos como bolos de Beltane.
Na época dos antigos druidas, os bolos de Beltane eram divididos em porções iguais, retirados em lotes e consumidos como parte do rito do Sabbat. Antes da cerimômia, uma porção do bolo era escurecida com carvão, e o infeliz que a retirava era chamado de "bruxo de Beltane", e tornava-se a vítima sacrificial a ser atirada na fogueira ardente.
Nas Terras Altas da Escócia, os bolos de Beltane são usados para adivinhação, sendo atirados pedaços deles na fogueira como oferenda aos espíritos e deidades protetores.

Incensos: olíbano, lilás e rosa.
Cores das velas: verde escuro.
Pedras preciosas sagradas: esmeralda, cornalina laranja, safira, quartzo rosa.
Ervas ritualísticas tradicionais: amêndoa, angélica, freixo, campainha, cinco-folhas, margarida, olíbano, espinheiro, hera, lilás, malmequer, barba-de-bode, prímula, rosas, raiz satyrion, aspérula e primaveras amarelas.
Ritual do Sabbat Beltane
O Sabbat Beltane dos Bruxos começa oficialmente ao nascer da lua da Véspera de 1º de Maio (ou de Novembro, no hemisfério sul), sendo tradicionalmente realizado no alto de uma montanha onde são acesas as imensas fogueiras de Beltane para iluminar o caminho para o verão e aumentar a fertilidade nos animais, nas sementes e nas casas. Antigamente as grandes fogueiras da Irlanda, que simbolizavam o Deus Sol doador de vida, eram acesas com a centelha de uma pederneira ou pela fricção de duas varetas.

Se você planeja festejar Beltane em ambiente fechado, deverá acender o fogo em um local apropriado. Certifique-se de colocar um galho ou ramo de sorveira sobre o fogo para reverenciar os espíritos guardiães de sua casa e sua família, trazendo boa sorte para a casa e mantendo afastados os fantasmas, duendes e fadas malévolos. Se você não tiver lugar apropriado, poderá acender 13 velas verdes-escuras para simbolizar a fogueira de Beltane.

Vista-se com cores brilhantes da Primavera (a não ser que prefira trabalhar sem roupa) e use muitas flores coloridas e de odor forte nos cabelos. Antes de vestir-se para a cerimônia, medite e banhe-se à luz de velas com ervas para limpar seu corpo e sua alma de quaisquer impurezas ou energias negativas.

Comece traçando um círculo de 3m de diâmetro e monte um altar no centro, voltado para o leste. No topo do altar, coloque duas estatuetas para representar a Deusa da Fertilidade e Seu consorte, o Deus Cornífero. Ao lado de cada uma delas, um incensório contendo olíbano e selo-de-salomão. No lado direito do altar, coloque um punhal consagrado e um cálice cheio de vinho. Acenda 13 velas verdes-escuras em torno do círculo.

Prepare uma coroa de flores do campo que florescem na Primavera, tais como margaridas, prímulas, primaveras ou malmequeres, e coloque-a no altar diante dos símbolos da Deusa e do Deus. Pode ser colocado um pequeno mastro decorado (com cerca de 1m de altura) à direita do altar, enfeitado com flores e fitas de cores brilhantes.

Ajoelhe-se diante do altar. Acenda as velas e o incenso. Feche os olhos, concentre-se na imagem divina da Deusa e do Deus, e diga: EM HONRA à DEUSA E AO DEUS CORNíFERO, E SOB A SUA PROTEçãO, INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.

Abra os olhos. Pegue o punhal que está no altar, cumprimente com ele o leste, e diga: OH, DEUSA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES, A TI EU CONSAGRO ESTE CíRCULO.

Segure o punhal em saudação na direção sul e diga: ABENçOADA SEJA A VIRGEM DA PRIMAVERA, PARA ELA EU CANTO ESTA PRECE DE AMOR. ELA TORNA VERDE AS FLORESTAS E OS PRADOS, OH, DEUSA DA NATUREZA, ELA REINA SUPREMA.

Segure o seu punhal em saudação ao oeste, e diga: OLíBANO E SELO-DE-SALOMãO, GRAçAS A ELA QUE FAZ GIRAR A RODA!
Segure o punhal e saúde o norte, dizendo: ABENçOADO SEJA O SENHOR DA PRIMAVERA, PARA ELE EU CANTO A PRECE DO AMOR. DEUS DIVINO DAS TREVAS, DEUS DIVINO DA LUZ, ESTA NOITE EU CELEBRO OS SEUS PODERES FERTILIZANTES.
Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a coroa de flores do campo e coloque-a no alto de sua cabeça. Quando esse ritual é realizado por um Coven, o costume é que o Alto Sacerdote a coloque sobre a cabeça da Alta Sacerdotiza.
Ajoelhe-se diante do altar, olhando para as imagens das deidades pagãs da fertilidade. Abra os braços e diga: ESPíRITOS DA áGUA E DO AR, EU PEçO QUE OUçAM A MINHA PRECE: QUE O CéU E O MAR PERMANEçAM LIMPOS, QUE A TERRA SEJA FéRTIL E VERDE. ESPíRITOS DO FOGO, ESPíRITOS DA MãE TERRA, QUE O MUNDO SEJA ABENçOADO COM PAZ, AMOR E ALEGRIA.
Pegue o cálice de vinho e levante-o com o braço esticado, e, enquanto derrama algumas gotas no chão, como libação à Deusa e ao Deus, feche os olhos e diga: QUEIMEM OS FOGOS SAGRADOS DE BELTANE, ILUMINEM O CAMINHO PARA O RETORNO DO SOL. AS TREVAS DO INVERNO DEVEM AGORA TERMINAR, A GRANDE RODA DA VIDA GIROU NOVAMENTE. QUE ASSIM SEJA.

Beba o resto do vinho do cálice e, então, coloque-o de volta no altar. Apague as velas, mas deixe que o incenso termine de queimar. O ritual está agora completo, devendo ser seguido de um banquete, de cantos e danças na direção do movimento do sol em torno da fogueira de Beltane ou do mastro decorado para simbolizar a união divina da Deusa com o Deus.

Fonte: 'Wicca - A Feitiçaria Moderna', de Gerina Dunwich

LITHA


Solstício de Verão. Por volta de 21 de junho no hemisfério Norte e 21 de dezembro no hemisfério Sul

Litha é uma celebração essencialmente do Fogo, assim como todos os ritos de Verão na Wicca.
O Solstício do Verão (ou Meio do Verão, Alban Hefin ou Litha), também conhecido como Dia de São João, na Europa, marca do dia mais longo do ano, quando o Sol está no seu zênite. Para os Bruxos e os Pagãos, esse dia sagrado simboliza o poder do sol, que marca um importante ponto decisivo da Grande Roda Solar do Ano, pois, após o Solstício do Verão, os dias se tornam visivelmente mais curtos.

Em certas tradições wiccanas, o Solstício do Verão simboliza o término do reinado do ano crescente do Deus Carvalho, que é, então, substituído pelo seu sucessor, o Deus Azevinho do ano decrescente. O Deus Azevinho reinará até o Sabbat do Inverno do Natal, o dia mais curto do ano.

O Solstício do Verão é uma época tradicional, em que os Bruxos colhem as ervas mágicas para encantamentos e poções, pois acredita-se que o poder inato das ervas é mais forte nesse dia. é o momento ideal para as divinações, os rituais de cura e o corte de varinhas divinas e dos bastões. Todas as formas de magia (especialmente as do amor) são também extremamente potentes na véspera do Solstício do Verão, e acredita-se que aquilo que for sonhado nessa noite se tornará verdade para quem sonhar.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Solstício do Verão são vegetais frescos, frutas do verão, pão de centeio integral, cerveja e hidromel.
Incensos: olíbano, limão, mirra, pinho, rosa e glicínia.
Cores das velas: azul, verde.
Pedras preciosas sagradas: todas as pedras verdes, especialmente a esmeralda e o jade.
Ervas ritualísticas tradicionais: camomila, cinco-folhas, sabugueiro, funcho, cânhamo, espera, lavanda, feto masculino, artemísia, pinho, rosas, erva-de-são-joão, tomilho selvagem, glicínia e verbena.

Ritual do Sabbat Litha

O ritual que se segue é tradicionalmente realizado pelos Bruxos numa clareira na floresta, num grande jardim afastado, no topo de uma colina ou em qualquer outro lugar da Natureza. Comece arrumando pedras no chão para formar um grande círculo com cerca de 3m de diâmetro. Com uma espada cerimonial consagrada ou uma longa vareta de madeira (preferivelmente uma vara de sorveira recentemente cortada), trace o símbolo poderoso e altamente mágico de um pentáculo (estrela de cinco pontas) dentro de círculo de pedras. Acenda cinco velas verdes para simbolizar os poderes da Natureza e a fertilidade, e coloque uma em cada ponta do pentagrama, começando pelo leste e continuando em movimento destrógiro.

Monte um altar ou coloque uma pedra grande e achatada no centro do pentagrama voltada para o norte, como um altar, e, sobre ela, uma estátua representando a Deusa. Em cada lado dela, acenda uma vela branca de altar. No ponto cardeal correspondente ao Ar, coloque um sino de latão, consagrado, e um incensório de olíbano com incenso de mirra. No ponto cardeal correspondente à Água, coloque um cálice com vinho, um pequeno prato com sal e uma pequena tigela com água (preferivelmente água fresca da chuva).


Observação:

A associação dos elementos com os quadrantes não é um modelo fixo, apenas um padrão.
As conexões com os quadrantes varia muito de lugar para lugar, de tradição para tradição. Existe a associação "padrão" Norte-Terra, Sul-Fogo, Oeste-Água e Leste-Ar porque para os europeus:
. o Norte é a terra escura, misteriosa, de onde "vinham os deuses"
. o Sul é de onde vem o calor, pois é onde fica a linha do Equador para eles
. o Oeste tem o oceano (água)
. o Leste traz os ventos do continente

Foi assim que eles fizeram essas relações. Nada impede que cada pessoa, tradição ou coven modifique isso de acordo com o lugar em que estão. Por exemplo, no Brasil faria mais sentido, seguindo as mesmas associações acima, o Fogo ao Norte, a Terra ao Sul, a Água a Leste e o Ar a Oeste. O que importa é manter as oposições: Terra/Fogo e Água/Ar.

Abençoe o vinho, cobrindo o cálice com as palmas das mãos, enquanto diz: EU CONSAGRO E ABENÇÔO ESTE VINHO SOB O NOME DIVINO DA DEUSA. Salpique um pouco de sal e algumas gotas de água sobre o sino de latão, para abençoá-lo, e diga: COM SAL E ÁGUA EU CONSAGRO E ABENÇÔO ESTE SINO SOB O NOME DIVINO DA DEUSA. ABENÇOADO SEJA.

Acenda o olíbano e a mirra. Levante os braços para o céu, feche os olhos e preencha a sua mente com pensamentos e visões agradáveis da Deusa Mãe, enquanto diz: OH, ABENÇOADA MÃE TERRA, DEUSA-VENTRE, CRIADORA DE TUDO, A TI É CONSAGRADO ESTE CÍRCULO SAGRADO. EM TEU NOME SAGRADO E SOB A TUA PROTEÇÃO INICIA-SE ESTE RITUAL DO SABBAT.

Faça soar o sino três vezes e invoque: ESPÍRITO FEMININO SAGRADO DO AR, VIRGEM DO FOGO, BELA E FORMOSA, MÃE TERRA, DOADORA DE VIDAS, ANCIÃ DA ÁGUA, SEM IDADE E SÁBIA, EU INVOCO A TUA DIVINA IMAGEM. Coloque o sino de volta no altar de pedra e, então, com ambas as mãos. Leve o cálice de vinho aos lábios. Beba um pouco dele e derrame o restante no centro do pentagrama, como libação à Deusa, enquanto diz: EU DERRAMO ESTE VINHO ABENÇOADO COMO UMA OFERENDA A TI, OH GRACIOSA DEUSA DO AMOR, DA FERTILIDADE E DA VIDA.

Coloque o cálice vazio de volta no altar. Novamente faça soar o sino três vezes e diga: COM O SOL NO SEU ZÊNITE EU REALIZO ESTE RITUAL DO SOLSTÍCIO EM HONRA A TI, OH GRANDE DEUSA. E EM TEU SAGRADO NOME EU AGORA DOU GRAÇAS. À MEDIDA QUE OS DIAS BRILHANTES COMEÇAM A ENFRAQUECER O TEU AMOR DIVINO E OS TEUS PODERES DE CURA CRESCEM MAIS FORTES.

Ajoelhe-se diante do altar. Ofereça mais incenso. Faça soar o sino em honra à Deusa e, então, diga em voz alta e em tom alegre: ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA A DEUSA! A DEUSA É VIDA. A DEUSA É AMOR, ELA FAZ GIRAR A GRANDE RODA SOLAR QUE MUDA AS ESTAÇÕES E TRAZ NOVA VIDA PARA O MUNDO. ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA A DEUSA! A DEUSA É A LUA E AS ESTRELAS. A DEUSA É O CICLO DAS ESTAÇÕES. ELA É A VIDA, ELA É A MORTE, ELA É O RENASCIMENTO. ELA É O DIA, ELA É A NOITE, ELA É A ESCURIDÃO, ELA É A LUZ, ELA É TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES. ASSIM SEJA.

O Ritual do Solstício do Verão deve ser seguido de um banquete de alegria e do canto feliz de músicas folclóricas mágicas pagãs e/ou da recitação de poesia inspirada na Deusa. O Solstício do Verão é o momento tradicionalmente propício à colheita de ervas mágicas para encantamentos e poções (especialmente as da magia do amor). é também o tempo ideal para realizar divinações e rituais de cura, e para cortar varetas e bastões de divinação.

Fonte: 'Wicca - A Feitiçaria Moderna', de Gerina Dunwich

LAMMAS



Hemisfério Norte: 1º de Agosto
Hemisfério Sul: 2 de Fevereiro
Conhecido como Lughnasadh, Véspera de Agosto e Primeiro Festival da Colheita, o Sabbat Lammas é o Festival da Colheita. Nesse Sabbat (que marca o início da estação da colheita e é dedicado ao pão), os Bruxos agradecem aos deuses pela colheita com várias oferendas às deidades para assegurar a continuação da fertilidade da terra, e honram o aspecto da fertilidade da união sagrada da Deusa e do Deus.

Lammas era originalmente celebrado pelos antigos sacerdotes druidas como o festival de Lughnasadh. Nesse dia sagrado, eles realizavam rituais de proteção e homenageavam Lugh, o deus celta do sol. Em outras culturas pré-cristãs, Lammas era celebrado como o festival dos grãos e o dia para cultuar a morte do Rei Sagrado.

A confecção de bonecas de milho (pequenas figuras feitas com palha trançada) é um antigo costume pagão realizado por muitos Bruxos modernos como parte do rito do Sabbat Lammas. As bonecas (ou bebês da colheita, como são chamadas algumas vezes) são colocadas no altar do Sabbat para simbolizar a Deusa Mãe da colheita. é costume, em cada Lammas, fazer (ou comprar) uma nova boneca de milho e queimar a anterior (do ano passado) para dar boa sorte.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Lammas são pães caseiros (trigo, aveia e, especialmente, milho), bolos de cevada, nozes, cerejas silvestres, maçãs, arroz, cordeiro assado, tortas de cereja, vinho de sabugueiro, cerveja e chá de olmo.
Incensos: aloé, rosa e sândalo.
Cores das velas: laranja e amarela.
Pedras preciosas sagradas: aventurina, citrino, peridoto e sardônia.
Ervas ritualísticas tradicionais: flores da acácia, aloé, talo de milho, ciclame, feno grego, olíbano, urze, malva-rosa, murta, folhas do carvalho, girassol e trigo.

Ritual do Sabbat Lammas
Comece marcando um círculo com cerca de 3m de diâmetro. Erga um altar no centro do círculo, voltado para o norte. Sobre ele, coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat. à esquerda (oeste) da vela, coloque um cálice com água (preferivelmente água fresca de chuva ou água de uma fonte de montanha) e uma bandeja ou prato à prova de fogo, contendo uma boneca nova de milho e uma do Sabbat Lammas do ano anterior. à direita (leste da vela), coloque um incensório com incenso de sândalo ou de rosa, e um prato com sal, pó ou areia para representar o elemento Terra. Diante da vela (sul) coloque um punhal consagrado e uma espada cerimonial consagrada.

Salpique um pouco de sal para consagrar o círculo e, então, começando pelo leste, trace o círculo com a ponta da espada cerimonial, movendo-a de modo destrógiro, enquanto diz: COM O SAL E A ESPADA SAGRADA EU CONSAGRO E TE INVOCO, OH CíRCULO DE MAGIA E LUZ DO SABBAT. SOB O NOME SAGRADO DA DEUSA E SOB A SUA PROTEçãO INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.

Coloque de volta no altar a espada cerimonial. Acenda a vela e diga: NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPíRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MíSTICO ELEMENTO FOGO.

Acenda o incenso e diga: NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPíRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MíSTICO ELEMENTO AR.

Segure o punhal na mão direita e, com a ponta da lâmina, trace um pentáculo (estrela de cinco pontas) no sal, pó ou areia e diga: NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPíRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MíSTICO ELEMENTO TERRA.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e diga: NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPíRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MíSTICO ELEMENTO áGUA.

Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a boneca nova de milho e coloque-a à direita da vela, e diga: OH SENHORA DA COLHEITA, EU TE AGRADEçO POR NOS SUSTENTAR NAS PRóXIMAS ESTAçõES E PELA GENEROSIDADE DESTA COLHEITA. ASSIM SEJA.

Pegue a antiga boneca de milho e queime-a na chama da vela. Coloque-a na bandeja ou prato à prova de fogo. Enquanto ela queima, recite o seguinte verso mágico do Sabbat: SENHORA DA COLHEITA DO PASSADO, QUEIME AGORA. à DEUSA VóS DEVEIS VOLTAR. ABENçOAI-ME COM A SORTE E O AMOR DO DEUS E DA DEUSA ACIMA. ASSIM SEJA!

Encerre o ritual afastando os espíritos elementais, apagando a vela e desfazendo o círculo em movimento levógiro com a espada cerimonial. Enterre as cinzas da antiga boneca de milho, como oferenda à Mãe Terra, e guarde a boneca nova para o próximo Sabbat Lammas.

Fonte: 'Wicca - A Feitiçaria Moderna', de Gerina Dunwich

MABON



Celebrado no dia do equinócio de outono, que corresponde a aproximadamente dia 20 de março no hemisfério Sul e no dia 22 de setembro no hemisfério Norte (as datas dos equinócios podem apresentar uma variação de até 3 dias de acordo com o ano).

O Sabbat do Equinócio do Outono (também conhecido como Sabbat de Outono, Mabon e Alban Elfed), é o Segundo Festival da Colheita e a época de celebrar o término da colheita dos grãos que começou em Lammas. Também é a época de agradecer, meditar e fazer uma introspecção.

Nesse dia sagrado, os Bruxos dedicam-se novamente à Arte, sendo realizadas cerimônias de iniciação pela Alta Sacerdotiza e pelos Sacerdotes dos Covens. Muitas tradições wiccanas realizam um rito especial para a descida da deusa Perséfone ao Submundo, como parte da celebração do Equinócio do Outono.

De acordo com o mito antigo, no dia do Equinócio de Outono, Hades (o deus grego do Submundo) encontrou-se com Perséfone, que colhia flores. Ficou tão encantado com sua beleza jovem que, instantaneamente, se apaixonou por ela.

Agarrou-a, raptou-a e levou-a em sua carruagem para a escuridão do seu reino a fim de governar eternamente ao seu lado como sua imortal Rainha do Submundo. A deusa Deméter procurou, por todos os lugares, sua filha levada à força, e, não a encontrando, seu sofrimento foi tão intenso que as flores e as árvores murcharam e morreram. Os grandes deuses do Olimpo negociaram o retorno de Perséfone; porém, enquanto ela estava com Hades, foi enganada e comeu uma pequena semente de romã, tendo, então, que passar metade de cada ano com Hades no Submundo, por toda a eternidade.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Equinócio do Outono são os produtos do milho e do trigo, pães, nozes, vegetais, maçãs, raízes (cenouras, cebolas, batatas, etc.), cidra e romãs (para abençoar a jornada de Perséfone ao tenebroso reino do Submundo).
Incensos: benjoim, mirra, sálvia, flor do maracujá e papoulas vermelhas.
Cores das velas: marrom, verde, laranja, amarela.
Pedras preciosas sagradas: cornalina, lapis-lazuli, safira, ágata amarela.
Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, áster, benjoim, fetos, madressilva, malmequer, plantas de sumo leitoso, mirra, folhas do carvalho, flor do maracujá, pinho, rosas, salva, selo-de-salomão e cardo.


Ritual do Sabbat Mabon


Comece fazendo um círculo com cerca de 3m de diâmetro. No centro, erga um altar voltado para o norte. Sobre ele coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat, um cálice com água, uma faca, um prato de sal, pó ou areia, um sino de altar consagrado e um incensório.

Enfeite o altar com a decoração tradicional sagrada, como bolotas, pinhas, malmequeres, rosas brancas e cardo. As flores poderão ser arrumadas em buquês ou guirlandas para o altar ou para o círculo, ou reunidas em uma coroa colocada no alto da cabeça.

Salpique um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace-o com uma espada cerimonial consagrada ou com uma vareta, dizendo: COM SAL E A ESPADA CONSAGRADA EU CONSAGRO E TRAçO ESTE CíRCULO DO SABBAT SOB O NOME DIVINO DA DEUSA E SOB A SUA PROTEçãO. INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.

Acenda a vela e o incenso. Toque três vezes o sino do altar com a mão esquerda para iniciar o Ritual do Equinócio e conjurar os espíritos elementais. Pegue o punhal com a mão direita, volte-se para o leste e diga: OH SAGRADOS SILFOS DO AR E REIS ELEMENTAIS DO LESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CíRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o sul e diga: OH SAGRADAS SALAMANDRAS DO FOGO E REIS ELEMENTAIS DO SUL, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CíRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o oeste e diga: OH SAGRADAS ONDINAS DA áGUA E REIS ELEMENTAIS DO OESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CíRCULO CONSAGRADO.

Volte-se para o norte e diga: OH SAGRADOS GNOMOS DA TERRA E REIS ELEMENTAIS DO NORTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CíRCULO CONSAGRADO.

Toque três vezes o sino e coloque-o de volta no altar. Estique o braço direito, aponte a ponta do punhal para o céu e diga: AR, FOGO, áGUA, TERRA, VENTRE DA VIDA, MORTE PARA RENASCER. A GRANDE RODA DAS ESTAçõES GIRA, O FOGO SAGRADO DO SABBAT QUEIMA. SOMOS TODOS CRIANçAS DA DEUSA. E PARA ELA DEVEMOS RETORNAR.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e, depois, no prato de sal, pó ou areia e diga: ABENçOADA SEJA A DEUSA DO AMOR, CRIADORA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES. O CALOR DO VERãO DEVE AGORA TERMINAR. A GRANDE RODA SOLAR GIROU NOVAMENTE. QUE ASSIM SEJA!

Toque três vezes o sino do altar para encerrar o rito, afaste os espíritos elementais e agradeça à Deusa. Desfaça o círculo de maneira levógira com a espada cerimonial ou com a vareta.

Fonte: 'Wicca - A Feitiçaria Moderna', de Gerina Dunwich